Um América na luta pelo título da Série B do Campeonato Brasileiro contra um Cruzeiro pressionado para encostar nos líderes e entrar na briga pelo acesso. A expectativa era de um bom clássico no Independência. A partida foi até mais pegada do que se esperava, mas muito em função da péssima arbitragem de Dewson Fernando. O árbitro paraense foi protagonista e teve participação direta no desenrolar do jogo e no resultado final. A Raposa tirou proveito da situação e venceu por 2 a 1.
O clássico desta quarta-feira (2) vai ficar marcado por diversos lances polêmicos. Foi pênalti para o América logo nos primeiros minutos? Matheus Cavichioli defendeu a bola dentro do gol? Teve uma penalidade em Jadsom? Matheus Pereira merecia ser expulso pelo excesso de faltas? Enfim, várias decisões do árbitro que cabem discussão.
O que não é o caso do pênalti marcado para o Cruzeiro, aos 12 minutos do primeiro tempo. Messias não derrubou Pottker. Foi o atacante cruzeirense que se chocou com o defensor. Um lance que não foi nem duvidoso. Simplesmente não foi pênalti.
Rafael Sóbis bateu e marcou. Aos 13 minutos o Cruzeiro vencia por 1 a 0 e o América já tinha dois erros da arbitragem para reclamar. Um pênalti não marcado, mas como disse acima, num lance que cabe discussão, e uma penalidade contra muito mal marcada. O Coelho era melhor no jogo, mas se perdeu depois disso. Lisca foi expulso por reclamação.
E ali também acabou o que poderia ser um bom jogo. Sem controle emocional o América fugiu de suas características. Não criou chances como costuma criar, forçou demais nas bolas longas e fez o nome de Manoel, que foi o melhor jogador em campo.
A estratégia do Cruzeiro era muito clara. Todo mundo atrás e parar o jogo com faltas. Foram mais de 30 e seis jogadores amarelados. A equipe de Felipão reconheceu a inferioridade técnica para o rival e abriu mão de jogar futebol para anular o adversário. Vale destacar a entrega dos atletas, que confiam plenamente do treinador.
O gol de Manoel logo aos dois minutos da etapa final só reforçou a estratégia celeste. Bola para o mato que o jogo é de campeonato. O gol de Anderson Jesus, aos 15, recolocou o América na partida. Mais tranquilo em campo, o Coelho criou boas chances e teve oportunidade para empatar. Como também viu o Cruzeiro chegar com perigo em alguns contra-ataques.
No fim, triunfo do Cruzeiro por 2 a 1. Resultado que não foi justo, pois a arbitragem interferiu diretamente no resultado do clássico. A derrota não afasta o América da briga pelo título da Série B, mas é preciso ligar um alerta. São apenas quatro pontos acima do quinto colocado.
Já o Cruzeiro pode pegar moral por vencer um rival que é melhor. Pelo futebol que jogou no Horto, será preciso fazer mais para entrar na briga pelo acesso. Sobrou raça para a Raposa. Agora é tentar equilibrar essa balança, entre entrega em campo e futebol.
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